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Análise Geral: Buffy, a Caça Vampiros
“Por PH”
Porque chutar bundas de vampiros, ouvir músicas incríveis e salvar o mundo não é para qualquer um!
Olá, galerosos! PH na voz, na escrita, no talento, pensando que poderia ser o escolhido que vai salvar o mundo e ter que sacrificar o amor da minha vida no meio da trama apenas por um bem maior… se você entendeu a referência como uma possível história de super heróis, não tem problema… Mas Buffy, a Caça Vampiros vai além de “monstros da semana com maquiagens estranhas e lutinhas de dublê”. E é isso que quero falar com vocês nessa análise.
Afie bem suas estacas, pegue sua jaqueta de couro preta, prepare seus livros de magia, espadas, seu discman e seus fones, além de uma bolsinha Gucci ou Saint Laurent, porque é hora de viajar no tempo comigo para a cidade de Sunnydale, onde conhecermos a incrível história de Buffy, a Caça Vampiros!
(Na imagem, da esquerda para direita: Xander, Cordelia, Buffy, Willow e OZ. Acima: Giles e no fundo, Angel).
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Antes de seguirmos, quero deixar claro que essa análise faz parte da semana de vampiros da Geek Central BR e que o objetivo aqui é te apresentar essa série incrível, a qual está disponível na Star Plus com suas 7 temporadas. Como é uma carta de apresentação, tentarei não falar sobre spoilers e sim, te apresentar os personagens que conhecemos durante a série e o que você pode esperar de cada um deles. Agora sim, vamos para análise.
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Existem várias mídias de Buffy lançadas desde os anos 1990: o filme (clássico da Sessão da Tarde), a série (que é o tema dessa análise), jogos para videogame (o qual destacamos a versão de Playstation 2, Buffy, The Vampire Slayer: Chaos Bleeds) e a série em quadrinhos (que deu seguimento a história da série após seu fim na 7ª temporada), além de seu spin-off, Angel (estrelada por David Boreanaz, estrela da série Bones), as quais possuem suas próprias tramas e que também valem sua atenção.
A série criada por Joss Whedon (diretor de Liga da Justiça) teve a trama original, que fora desenvolvida para o filme, como mote principal. Embora o filme tenha sido tido como uma comédia pastelão, havia todo um conceito por trás dele que não fora aproveitado. Na época em que a série foi desenvolvida, o criador deu uma entrevista falando sobre como a história original havia sido transformada no que vemos no filme (onde Buffy é interpretada por Kristy Swanson).
Aproveito para pontuar que mesmo sendo uma comédia pastelão, o filme merece sua atenção pelo elenco de milhões: o saudoso Luke Perry (de Beverly Hills, 90210 e Riverdale), Hilary Swank (dos filmes Menina de Ouro e Escritores de Liberdade - um dos meus favoritos), David Arquette (o delegado da cidade em Pânico) e Donald Sutherland (que faz uma participação na série).
Depois de anos do lançamento do filme, Whedon entrou numa série de negociações com a FOX para desenvolvimento da série, a fim de explorar suas ideias iniciais que deveriam ser apresentadas no filme. E foi em 1997 que Buffy teve sua estréia, com 12 episódios iniciais de 45 minutos, no canal da Warner (o WB) - as outras 6 temporadas tiveram 22 episódios cada. E vamos à história!
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Quem é Buffy Summers?
No filme e na série de TV somos apresentados a Buffy Summers (interpretada pela brilhante Sarah Michelle Gellar, que atuou como a Daphne dos live action de Scooby Doo e a série de filmes Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado), uma jovem adolescente que se muda com sua mãe Joyce Summers (interpretada por Kristine Sutherland) de Los Angeles para fictícia cidade de Sunnydale, na Califórnia (cidade onde a série se passa). Essa mudança acontece devido ao processo de divórcio dos pais da personagem e também por um incidente do passado de Buffy, onde os alunos de seu antigo colégio acabam morrendo (essa trama é contada no filme e foi levada em consideração para construção do passado da personagem).
Por conta de seu passado, Buffy é uma moça desconfiada de tudo e de todos e inicialmente, sendo tida como louca por alguns colegas do colégio (dentre elas Cordélia, que vou citar mais a frente). O que acho interessante é o desenvolvimento dela como protagonista, principalmente porque as três primeiras temporadas se passam com Buffy e sua turma no ensino médio, uma fase de muitas mudanças e descobertas enquanto pessoa que somos.
Durante a história, vemos Buffy vivenciar histórias de amor que mexem com sua jornada como salvadora da humanidade - sendo que uma delas gera um dos plots mais loucos que eu já vi em séries de TV - que nos mostram outro lado da personagem: mais humana, mais romântica e inocente, que muitas vezes questiona se é a pessoa certa para essa posição.
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Buffy não é apenas sobre caçar vampiros…
(Foto do ensaio feito na reunião do elenco promovido pela EW).
Buffy não sai atirando estacas de madeira em qualquer vampiro que ela vê, quero dizer, ela não faz isso sozinha… Ela tem aliados incríveis, que também tem o seu próprio desenvolvimento na série. A gangue dos Scoobies (como são chamados na história) é formada por Alexander “Xander” Harris (interpretado por Nicholas Brendon, de Criminal Minds) e Willow Rosenberg (interpretada por Alyson Hannigan, de How I Met Your Mother e dos filmes American Pie).
Os dois são amigos de infância, sendo Xander o rapaz animado, meio metido a bravo (até que encontre alguém maior que ele) e se apaixona por Buffy na primeira vez que a vê - e não tem sucesso ao cortejá-la. Ele é um personagem bem humorado e tem momentos engraçados durante a trama, além de viver o amor ao lado de Cordelia Chase (a rainha do colégio, a popular vivida por Charisma Carpenter, que atuou brilhantemente no spin-off Angel) que acaba entrando no grupo a partir da 2ª temporada - ainda que faça um leve bullying com Willow.
Sobre Willow: ela é o cérebro do grupo. Uma menina ruiva linda, que encontra em Buffy uma amiga que lhe permite aprender a enfrentar e dar um basta nas zueiras de Cordelia. Além disso, ela é muito inteligente, estudando muito para compreender as ações dos vilões e até o passado deles (como o Mestre, vilão da 1ª temporada). Dos três, Willow é quem mais vive altos e baixos na série (ao ver, ultrapassando até Buffy): vive um amor com Daniel “OZ” Osbourne (personagem de Seth Green, que se descobre lobisomem) e posteriormente com Tara Maclay (personagem de Amber Benson); torna-se uma bruxa poderosa e até vilã de um dos arcos da série (ao meu ver, uma das coisas mais belas da série).
A primeira temporada também nos apresenta a Angel (personagem de David Boreanaz), que se revela um vampiro com uma alma humana que se torna o grande amor da caçadora e amigo dos aliados dela (principalmente de Willow). Durante a série, conhecemos seu passado como um implacável vampiro, até ser “amaldiçoado” com uma alma humana, condenado a ser um andante pelo velho mundo.
Falando sobre Cordélia: ela é a bad bitch herself da série (a personificação da garota malvada que toda série e filme adolescente da época tem), mas que tem uma redenção digna no decorrer da série (que é mais explorada em Angel). Como pontuei na apresentação de Buffy, ela achava a loirinha muito estranha, fazia bullying com Willow pelo jeito mais introspectivo da garota e sempre achava um jeito de rebaixar a autoestima de Xander, além de zoar os outros alunos do Sunnydale High. Particularmente eu aprendi a gostar da personagem e saber quem ela se tornou em Angel é muito bom.
Como pontuei neste tópico: Buffy não é só sobre caçar vampiros. Temos amizade, temos amor, temos brigas e temos muito aprendizado e desenvolvimento dos personagens - que são explorados no decorrer da série e até mesmo nos quadrinhos. E é aqui que cito o brilhante mentor da nossa caçadora: Rupert Giles, interpretado por Anthony Stewart Head.
O bibliotecário inglês é um novo responsável pela biblioteca do colégio e se torna responsável (sentinela, como chamado na série) por Buffy, lhe ajudando com treinamentos e ensinamentos em como lutar contra seus inimigos. Por procedimento dos sentinelas, as caçadoras não possuem apoio “humano” nas lutas - mas com Buffy é diferente e por terem pessoas próximas que se tornam vampiros na história, Xander e Willow se tornam aliados na luta contra o mal.
Giles (como é chamado durante a série) é um homem com um passado macabro (que é citado em dos melhores episódios da série - o meu favorito), que se tornou um sentinela respeitado dentre o Conselho das Caçadoras. Embora seja tido como um tiozão chato pelos Scoobies, ele acaba se afeiçoando com os jovens e principalmente com Buffy, que em um dos momentos mais emocionantes da série (que eu tô me coçando para não dar o spoiler aqui), quebra todos os preceitos e tem um diálogo lindo.
Outros personagens que devo citar aqui são Kendra, a nova caça vampiros que aparece na segunda temporada para substituir Buffy (interpretada por Bianca Lawson, de The Vampire Diaries), Wesley Windam-Price, que aparece como um novo sentinela para a protagonista na 3ª temporada (interpretado por Alexis Denisof, que brilhou no spin-off Angel) e o também caçador e novo diretor do Sunnydale High, Robin Wood (D. B. Woodside, de Lúcifer).
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Buffy não é apenas sobre caçar vampiros…
(Na imagem: Angel, Spike e Drusilla, da 2ª temporada).
Buffy, a Caça Vampiros nos apresenta vilões de temporada muito bons (um deles é meio merda, desculpe falar), mas de resto, são vilões interessantes - o melhor deles é o responsável por uma das melhores plots da série, em meu ponto de vista. Cada temporada possui um vilão que movimenta a história e vou dar pinceladas sobre cada vilão que conhecemos na trama. A cada temporada, os vilões são chamados de Big Bad pelos personagens (assim que revelados aos heróis).
A primeira temporada nos apresenta o Mestre, um vampiro com séculos de idade que não mede esforços para abrir a boca do inferno (um epicentro mágico que é o plot central da primeira e última temporada da série), seja usando demônios e vampiros para atrapalhar as ações de Buffy e Cia. Nessa temporada temos os “vilões da semana”, que geralmente envolvem algum problema com algum aluno do Sunnydale High (alunos ignorados que se tornam seres vingativos e um espírito assassino que toma posse dos alunos os tornando canibais).
É graças ao Mestre que conhecemos o Messias: um garotinho de 12 anos que é tido como uma forma de caos no universo - criado na boca do inferno e serve como aliado do Mestre na batalha contra Buffy. Recomendo que assista para ver o que esse serzinho é capaz de fazer…
E vamos com a 2ª temporada, que nos apresenta 2 vampiros sensacionais: Spike (interpretado por James Marsters) e a louca Drusilla (interpretada por Juliet Landau). Ambos são vampiros com séculos de idade e Drusilla está doente (ela é mentalmente perturbada) e Spike vai até a cidade para encontrar uma cura para sua amada. No decorrer da temporada, ele encontra essa cura e com um plus, eles ganham um aliado na luta contra Buffy: Angel, em sua forma demoníaca, sádica e sem alma, Angelus.
A fim de levar a terra ao inferno, Angelus descobre a existência de um demônio chamado Acathla e une forças com os dois vampiros para trazê-lo à vida. Muita coisa acontece nos eventos que culminam na batalha entre Angel e Buffy (seu primeiro amor na série) e aqui temos um cliffhanger mega emocionante para a próxima temporada.
A 3ª temporada mostra o último ano da gangue dos Scoobies no colégio e com ele, fortes emoções para o grupo de Buffy. O vilão dessa temporada se chama Richard Wilkins III, o prefeito, responsável pela construção da cidade há mais de 100 anos, que deseja completar sua ascensão enquanto vampiro e moverá céus e terra para conseguir alcançar seus objetivos. Durante parte da série, ele passa a ter apoio de outra caçadora que aparece na cidade, a badass Faith (interpretada por Eliza Dushku, de As Apimentadas e Tru Calling).
Aqui, em um dos episódios somos apresentados a uma das personagens mais memoráveis da série, que faz sua estréia num episódio muito maravilhoso e que tem um desenvolvimento maior na 4ª temporada: a demônia da vingança Annyanka (chamada de Anya posteriormente), interpretada pela brilhante Emma Caulfield, que tem um relacionamento com Xander depois que este termina com Cordélia.
Já a 4ª temporada apresenta um novo ciclo na vida dos personagens, agora em seu primeiro ano na universidade (exceto Xander, que inicia suas atividades enquanto empreendedor). Um dos pontos diferentes que são apresentados a partir dessa temporada são o início da vida adulta dos personagens, as pressões sociais e suas responsabilidades.
Os vilões dessa temporada são um grupo do governo chamado “A Iniciativa”, liderados pela professora de psicologia de Buffy e Willow, Maggie Walsh (interpretada pela atriz Lindsey Crouse). O grupo se mostra como os bonzinhos do rolê no começo da temporada, o que se prova o contrário no decorrer desta, quando o grupo começa a juntar demônios, seres humanos e tecnologia para criação de uma besta que se assemelha ao Frankenstein chamada de Adam. Vivendo altos e baixos na temporada, a gangue dos Scoobies se une para acabar contra o inimigo, tendo um novo aliado: Riley Finn, interpretado por Marc Blucas, que se torna interesse amoroso de Buffy nesse ciclo.
A 5ª temporada nos apresenta a deidade Glory (que possui várias formas durante a série), a qual deseja encontrar uma entidade mítica chamada A Chave. No decorrer da série, descobrimos que essa entidade é Dawn, a irmã de Buffy (interpretada pela atriz Michelle Trachtenberg, de Gossip Girl), que tenta encontrar seu lugar no mundo enquanto é protegida pela irmã e pelos amigos.
Glory foi uma deusa presa numa dimensão no inferno capaz de destruir o mundo e com isso, sua corrida para localizar a chave é para libertar essa dimensão. Os eventos que seguem sua batalha final nos apresentam uma nova plot emocionante envolvendo Giles, Buffy e Dawn.
Já a 6ª temporada possui um trio de vilões: ex-nerds da época do colégio que desejam usar de poderes demoníacos para trazer o caos a cidade, sendo eles: Jonathan, Warren e Andrew, que conseguem alcançar seus objetivos, a ponto de liberar o caos total sobre a cidade, após matarem Tara acidentalmente e liberar o lado obscuro de Willow, que se torna Dark Willow, vilã dos últimos episódios da temporada.
A última temporada retorna com a temática da boca do inferno através de um ser chamado Primeiro Mal, um ser implacável capaz de assumir a forma de qualquer pessoa morta (seja ela boa ou má) e que deseja trazer o caos sobre a terra mais uma vez. A boca do inferno é reativada no novo Sunnydale High (colégio onde a série é ambientada nas três primeiras temporadas) e é lá que o Primeiro Mal vai agir com tudo o que tem para impedir as ações de Buffy e seus amigos de uma vez por todas.
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A trilha sonora
Por ser ambientada entre o final dos anos 1990 e o começo dos anos 2000, Buffy possui uma trilha sonora de respeito, contendo canções dos gêneros pop, rock e indie. Artistas como Sarah McLachlan, Blink 182 e Michelle Branch (que tem uma cena incrível na série) apareceram na trilha sonora. Ao final dessa análise, vou deixar links com uma playlist contendo músicas da trilha sonora que você vai amar!
O link da playlist (disponível no Spotify): CLIQUE AQUI E OUÇA AGORA!
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Por quê assistir?
É uma série incrível, tem uma estética (ou aesthetic) bem darkness, mas ao mesmo tempo classuda e imponente, que toca em assuntos que hoje tem uma visão diferente, o que pode chocar e gerar pautas de discussão (se for assistir, tenha isso em mente). O elenco é maravilhoso, cada um, à sua maneira, imprime suas inflexões de maneira ímpar aos personagens. Se tiver a oportunidade, também procure Angel, pois existem episódios crossover entre as duas séries, que se complementam (a título de curiosidade, a história de Angel começa ao final da terceira temporada de Buffy e termina após o final da sétima temporada desta).
Episódios que recomendo
Vou deixar uma lista de episódios da série que você deve procurar para assistir e que, assim como eu, vai amar (falando de temporada por temporada):
Episódios 1 e 2 da 1ª temporada: a estreia ocorre em episódio duplo e aqui já somos apresentados aos personagens que veremos durante as 7 temporadas;
Episódio 6 da 2ª temporada: meu episódio favorito mostra detalhes do passado macabro de Giles, ainda que um elemento meio cômico seja plano de fundo para descobrirmos isso;
Episódio 9 da 3ª temporada: episódio que apresenta a personagem de Emma Caulfield, nos ensina que uma vingança pode colocar tudo de pernas pro ar;
Episódio 10 da 4ª temporada: episódio que ganhou indicação ao Emmy, tem atuações ímpares de todo o elenco - mostrando o status de relevância e importância da série na época;
Episódio 17 da 5ª temporada: Ela está gelada, Srta. Summers. É isso que posso dizer sobre o episódio;
Episódio 4 da 6ª temporada: o episódio musical da série tem uma das músicas mais marcantes da série e uma das revelações mais dolorosas da protagonista aos amigos;
Episódios finais da 7ª temporada: o encerramento de um ciclo para todos os personagens, onde temos a batalha final da Gangue dos Scoobies contra a forma humana do Primeiro Mal.
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Bem, isso é tudo!
Espero que tenha gostado dessa análise/opinião do autor, foi feita com muito amor e carinho. Continue seguindo a Geek Central BR para mais conteúdos babadeiros e trevosos também, hehe. Caso assista e queira comentar, o espaço é seu, mas use com responsabilidade, saiba entender que para expor que pensa não é necessário diminuir ou atacar os coleguinhas. Fiquem ligados nessa semana bem divertida e no mais, um beijo no coração! Agora, eu vou fugir de uns vampiros e cantar um pouco, afinal, o destino não me escolheu pra salvar o mundo! PH na voz, no texto, mandando paz, alegria e fé, hoje, sempre e pra sempre!
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Agora vamos falar sério.
Nessa semana, a Geek Central BR está empenhada em falar dos seres mais famosos e misteriosos da cultura Pop: os vampiros. Em nome da GCBR eu venho falar sobre doação de sangue: salve vidas através desse ato, buscando o hemocentro mais próximo da sua região. Os requisitos para doação (disponíveis na página do Ministério da Saúde) são:
Ter idade entre 16 e 69 anos, (menores de 18 anos devem apresentar consentimento formal do responsável legal);
Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos;
Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista e Carteira Profissional emitida por classe). São aceitos documentos digitais com foto;
Pesar no mínimo 50 kg;
Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
Estar alimentado. Evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue. Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas.
Autor: PH
*O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do seu autor.
Barbie, o filme
De Greta Grumberg
2023, EUA
“Por PH”
O mundo cor de rosa não é para pessoas comuns, embora o mundo real seja feito para bonecos.
Bom dia, buenas tardes and good evening! Essa é a análise de Barbie, o filme da boneca mais famosa do mundo e antes de seguir com esse vídeo, já te deixo ciente: é livre de spoilers! Então, se você não assistiu ao filme, fique tranquilo… ainda sim, para entrar no clima, prepare aquele look pink bem babadeiro, coloque seus patins, arrume seus cabelos e se prepare para uma leitura envolvente. Aqui é o PH, na voz, no texto, para todos os manos, as manas, as monas, para meninos, meninas e menines! E bora para análise!
Primeiro ponto aqui: não é filme para crianças! A classificação do filme é 12 anos, vão haver situações que os personagens vão passar que podem deixar os pequenos confusos ou até desconfortáveis. E o filme não contém valores cristãos, se você tá esperando por isso, esse filme não é pra você. Recado tá dado! (esse trecho contém ironia).
Falando da trama: sinto que o filme foi idealizado sem o interesse em ser algo sério, afinal, a trama tem uma boneca como protagonista (interpretada brilhantemente pela Margot Robbie, que eu vou falar mais tarde), embora não deixe de ter seus momentos reflexivos. A referência inicial a 2001: uma odisseia no espaço foi tão bem construída (cena que está em trechos nos trailers divulgados antes do lançamento oficial do filme) e já mostra o poder da interpretação da atriz, mostrando a grandeza da boneca.
A Barbieland (terra das Barbies) é um local muito colorido, os elementos predominantemente rosa também dão espaço aos tons pastéis, que combinados a devida apresentação da personagem de Robbie, tornam o número de abertura maravilhoso (onde somos apresentados a canção Pink, da maravilhosa Lizzo). Com pouco tempo de tela, somos apresentados às demais Barbies que vivem e que comandam o local. Cito aqui a interpretação e interação de Robbie nos detalhes da cena, que convencem de que ela é realmente a Barbie, interagindo com as coisas em sua Casa Barbie como quando brincamos com um boneco (imaginamos que o boneco tomou banho, tomou café da manhã e foi voando até seu automóvel).
A diversidade de corpos e cores do elenco aqui foi FANTÁSTICA e sinto que cada atriz pode imprimir seus sentimentos de forma ímpar em suas versões da boneca, ainda que algumas tenham pouco tempo em tela). Mas não é apenas de Barbies que é feita a Barbieland… temos o Ken… E QUANTOS KEN! Aqui conhecemos a versão Ken de Ryan Gosling, que faz par com a Margot Robbie durante o longa e posso dizer: ele foi bárbaro na interpretação… ouso dizer que em outra trama (em uma série, por exemplo) ele seria o tipo boy bonito, o galã, que faz e acontece, mas que se revela meio sem noção e que demonstra em suas falas a necessidade de se provar para chamar atenção de sua querida e amada Barbie.
Também aparecem as versões asiática e negra do Ken (brilhantemente interpretados por Simi Liu - de Shang Chi - e Ncuti Gatwa - de Sex Education e Doctor Who), embora o primeiro tenha um pouco mais de destaque, servindo como o rival do Ken de Gosling. Gostei do personagem, servindo rivalidade, sendo uma versão mais centrada e segura do Ken (meio badass até), compartilhando do mesmo desejo do rival: ter a Barbie de Robbie (a qual é chamada de Barbie Estereotipada na trama).
No mundo de Barbieland tudo é perfeito. É tudo em seu devido lugar, todo mundo é feliz, tudo dá certo e todo dia termina em festa. Até as versões de Barbie que tiveram algum problema na época de suas criações tem momentos legais durante a trama, Dentre eles destacaram-se a Barbie gestante, que aparece como um easter egg durante o filme, além de Allan, o amigão do Ken que foi tirado de circulação com alegações do boneco ser homossexual. Ainda falando do Allan, a interpretação do Michael Cera (de Scott Pilgrim contra o Mundo) é um show à parte e mesmo aparecendo pouco, peço que fique ligado no personagem e em suas falas, que podem soar até autodepreciativas, mas que no fundo, fazem um certo sentido a sua existência nesse local.
Como disse a pouco, tudo em Barbieland é perfeito… uma das cenas que me fez dançar ao ver o filme é que contém a canção de Dua Lipa (Dance The Night, canção que está bombando nas redes sociais - eu não tinha escutado a música toda e agora posso dizer - é pop perfection). Acrescento que a participação da cantora como uma versão de Barbie é curta, mas é incrível - ela está ao lado do tritão marombeiro da WWE - que faz participação especial no filme após um pedido feito a amiga Margot Robbie (que é produtora executiva do longa): John Cena.
E é nessa cena que as coisas na vida da Barbie Estereotipada vão mudar… ela começa a ter pensamentos negativos e notar mudanças significativas em seu corpo - como estrias e os pés ficarem retos, recebendo a orientação de procurar a Barbie Ginasta - a versão esquisita da boneca, a mal falada pelas demais, que mora nos limites de Barbieland - crendo que a mesma poderá lhe ajudar. A interpretação feita pela atriz e comediante Kate McKinnon (do Saturday Night Live) é um ponto a ser atentado na trama: a personagem é estranha, sabe que é estranha e a interpretação da atriz é que mostra o diferencial dela, o que causa curiosidade na Barbie de Robbie (ainda que de forma levemente assustadora).
E a Barbie esquisita lhe orienta a ir para o mundo real para se encontrar com sua "dona" e assim resolver suas questões de imperfeição. Atravessando um portal no fim de Barbieland, a personagem é surpreendida pelo Ken de Gosling e os dois chegam a ensolarada e deslocada Venice Beach, em Los Angeles, onde passarão por suas jornadas de transformação.
E é aqui que vemos a sede da Mattel, cujo presidente é interpretado pelo brilhante Will Ferrell (adendo aqui: ele é tão maravilhoso e tão legal que pensei que ele seria um vilão - um empecilho para boneca - o que se prova em partes - mas ainda sim, ele mostra que é uma criança birrenta presa ao corpo de um adulto de 50 anos, o que torna tudo mais engraçado). Aqui aponto a diferença que choca a Barbie, parafraseando James Brown: It's is a man world.
Enquanto Ken fica chocado e vislumbrado com o poder masculino, Barbie só deseja encontrar sua dona e consequentemente se reencontrar enquanto boneca. E no meio da jornada de reencontro, somos apresentados a personagem da incrível America Ferreira (de Superstore e Ugly Betty) que já aparece antes, como secretária do presidente da Mattel. Uma mulher casada com um homem que tem alergia ao sol (você não leu errado, ele é alérgico ao sol - e não é um vampiro), com uma filha adolescente super politizada e militante que se afastou dela, além de ter um chefe arrogante que simplesmente não se importa com ela - por ela ser mulher.
O fato de Barbie e Ken estarem no mundo real é preocupante com o dono da Mattel e é um dos momentos mais legais da história, tendo ação, diálogos engraçados e o reforço de que um posicionamento que é assunto de pautas de discussão ao redor do mundo nos dias de hoje - o papel ocupado pela mulher no mercado de trabalho. O que gostei aqui é a forma como é contado, sem parecer algo forçado - é leve, é inteligente, chega a ser cômico, sem deixar de trazer uma reflexão e um ensinamento ao espectador.
A jornada de Barbie segue com ela no mundo real, se separando de Ken, que volta a Barbieland e a transforma em seu paraíso masculino - a terra de Ken (Kenland parece nome de cantor country dos anos 2000) e é aqui que Barbie, ao lado de sua dona e de sua filha, terão uma lição de reinvenção, afim de colocar tudo no lugar e fazer as coisas voltarem a ser o que eram. As sequências que se seguem possuem diálogos emocionantes, emocionando não só os personagens da trama, mas também esse que vos escreve.
A história segue com as resoluções de questões pessoais e familiares de Glória (personagem da America) e sua filha, assim como a Barbie tentando se encontrar e tentando descobrir seu lugar no mundo, seja com ou sem o Ken. Haverão piadas de duplo sentido que irão lhe tirar boas risadas, além das ironias contidas no roteiro, além, é claro, das referências. Barbie foi criada há quase 65 anos e o filme está lotado de referências, seja em cenários, roupas e falas dos personagens - se você é fã da boneca, colecionador ou deseja apenas conhecer um pouco mais dela, fica o convite para assistir.
Sobre o elenco, eu já disse em vários tópicos aqui e reforço: QUE ELENCO FODA! Tendo mais tempo de tela, menos tempo de tela, aparecendo em frames ou apenas citados, todo mundo brilhou ali. A trilha sonora, como já pontuado também serve para contar bem a história… foi um material muito bem produzido (Mark Ronson é rei e Dua Lipa foi rainha nessa produção, que conta com músicas da própria Dua, Lizzo, Billie Eilish, Ava Max, Nicki Minaj, Karol G e Fifty Fifty).
Espero que minhas palavras lhe abram a mente e lhe permitam dar uma chance a esse filme incrível… eu já esperava coisas boas dele, baseado nos trailers, mas isso foi além. Houveram pontos os quais eu espero que sejam aproveitados para uma possível continuação no futuro - MATTEL MULHER, BORA FAZER ISSO ACONTECER, OBRIGADO, DE NADA!
No mais, desejo que fique bem, caro leitor, leitora ou leitore, beijo grande no coração e até mais!
E só para não esquecer: HI BARBIE!
Autor: PH
*O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do seu autor.